Depois de um percalço de um voo cancelado no dia antes, partimos no dia 14 de julho. O entusiasmo sentia-se na atmosfera. Para alguns, a viagem já começou com o entusiasmo de quem nunca sobrevoou as nuvens e, para outros, o entusiasmo de quem nunca visitou a ilha do Pico e ia passar 4 noites fora do seu lar.
Depois de um jantar tardio após a chegada, assentámos “acampamento” na sede de escuteiros da vila da Madalena.
Nos dias seguintes pudemos apreciar as lindas paisagens que o Pico tem para oferecer como as suas vinhas e currais que são património da humanidade, Sua Majestade – a montanha do Pico que nos agraciou com a sua presença por entre as nuvens e os inúmeros moinhos de vento vermelhos característicos desta ilha.
As visitas aos museus como o Museu do Vinho na Madalena, o Museu da Indústria Baleeira em São Roque do Pico e o Museu dos Baleeiros nas Lajes revelaram uma cultura e tradição rica, da qual subsistiu a maior parte da população da ilha em outros tempos.
As visitas à Gruta das Torres e à Casa dos Vulcões apenas se podem descrever como experiências a beirar o surreal. Desde a gruta vulcânica em toda a sua escuridão, silêncio e calma, com as suas culturas de bactérias douradas cintilantes, aos simuladores de sismos e vulcões da Casa dos Vulcões que chamam à atenção para as ilhas “vivas” em que vivemos.
Não esquecendo as tardes que terminaram com banhos de mar nas várias piscinas esculpidas em pedra basáltica com as ilhas do Faial ou São Jorge em pano de fundo.
O CDIJ MOSAICO deixa os seus agradecimentos à Direção Regional da Juventude, às Juntas de Freguesia da Ribeira Seca, São Miguel e Ponta Garça e à Mediação de Seguros Rui Sousa Dias pelos seus contributos para que este Projeto de Mobilidade fosse possível. Pode-se dizer que esta viagem veio a contribuir de várias formas para alimentar e fortalecer a nossa açorianidade, como nas palavras de Vitorino Nemésio: a geografia «vale outro tanto como a história […]. Como as sereias temos uma dupla natureza: somos de carne e pedra. Os nossos ossos mergulham no mar».