Atenção plena na adolescência: é possível?

Como encontrar paz e satisfação num mundo em constante mudança? Esta é uma pergunta que se tem vindo a colocar frequentemente na sociedade atual.

A questão que se coloca quando se trabalha com adolescentes não é muito diferente e é frequentemente levantada pelos profissionais que trabalham com o público jovem. Pelo menos é frequentemente levantada pela nossa equipa. Os jovens com quem trabalhamos parecem estar constantemente “ligados à corrente”, através do telemóvel, das redes sociais, dos jogos online. Por outro lado, existem todos os tumultos à sua volta, associados a uma pandemia, guerras, crises económicas, etc. Vamos associar isto a um cérebro que está a reorganizar-se, a adquirir novas habilidades de pensamento, novas experiências emocionais, novos desafios no sentido da autonomia e independência, experiências adversas passadas e atuais…

 Neste sentido, existe uma prática que tem vindo a ganhar força nas últimas décadas, que se chama Atenção Plena. A prática da atenção plena é um compromisso que exige como o nome indica prática. Esta prática permite-nos desligar o piloto automático e “observar a nossa própria mente, o nosso próprio corpo e a nossa vida” (Kabat-Zinn, 2011). É uma descoberta e uma tomada de consciência dos nossos padrões de pensamento e comportamento, embora não seja a cura para todos os problemas. Dar a conhecer aos nossos jovens que existe uma prática assim, iniciá-los nos princípios básicos desta prática, incentivá-los a observar-se mais, a confrontar-se com amabilidade consigo mesmos poderá ser bastante libertador e é a nossa intenção. Em cada sessão é feita uma, a duas práticas com os jovens, incentivando-os a continuar em casa com pequenas pausas para atenção plena e pequenos libertadores de hábitos.

Referências bibliográficas

Williams, M. & Penman, D. (2011). Mindfulness, Atenção Plena. Alfragide: Lua de papel.

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